Prisão de ventre: causas, sintomas, tratamentos e muito mais!

Prisão de ventre

A prisão de ventre é um problema que afeta cerca de 30% da população brasileira. E ninguém passa ileso desse cenário: mulheres, homens, crianças, idosos e até gestantes podem sofrer com os sintomas da constipação intestinal.¹

Por mais que seja incômodo, o intestino preso não é uma doença, mas sim se trata de um sintoma, que pode ter relação com outros problemas de saúde ou ser resultado de hábitos do dia a dia.¹

Se você sofre ao ir ao banheiro ou até passa vários dias sem conseguir fazer cocô, chegou a hora de entender porque isso acontece e como resolver.

A seguir, entenda quais os critérios para diagnosticar um intestino preso e o que fazer para melhorar essa condição.

O que é prisão de ventre?

A prisão de ventre, também chamada de constipação intestinal, é um sintoma que aparece devido a questões comportamentais e alimentares. Basicamente, o sintoma causa a dificuldade de fazer cocô, fazendo com que a pessoa passe vários dias sem ir ao banheiro. Ela pode ser considerada primária ou secundária.²

A constipação primária é a que está associada a fatores comportamentais e alimentares, e representa cerca de 85% dos casos. Esse é o tipo mais fácil de resolver: mudanças na alimentação podem reverter o cenário.²

Já a prisão de ventre secundária é a que está associada a algum quadro de saúde e condições médicas. Nesse caso, além dos sintomas mais agressivos, é necessário tratar a causa principal para ter a melhora do intestino preso.²

O que causa prisão de ventre?

As causas da constipação intestinal podem ser classificadas entre primárias e secundárias. O intestino preso de causa primária é causado por má alimentação, baixo consumo de fibra, baixa ingestão de água, sedentarismo, hábito de segurar as fezes, e afins. Já o tipo secundário é causado por problemas de saúde.²

A seguir, entenda mais sobre cada uma dessas causas.

1. Alimentação não saudável

A alimentação é um dos fatores mais importantes para a saúde do intestino. Por isso, comer mal é um dos principais motivos da prisão de ventre e outros problemas digestivos.²

Pessoas que possuem uma alimentação rica em alimentos processados, com alto teor de gordura, excesso de açúcar e sódio podem perceber alterações intestinais constantes.²

Isso porque esses alimentos são de difícil digestão, além de serem ruins para a flora intestinal, causando desequilíbrio.²

2. Baixa ingestão de fibra

A fibra é um carboidrato que o organismo não consegue digerir, por isso, chega praticamente intacta ao intestino. Lá, atua em todo o processo de formação das fezes, além de estimular os movimentos peristálticos e reequilibrar a flora intestinal.³

Para quem possui dificuldade de fazer cocô, vale a pena analisar a quantidade de fibra ingerida. O recomendado é o consumo mínimo de 25 gramas por dia para adultos

Como esse carboidrato é classificado como um regulador intestinal, a falta dele pode ser o motivo da sua constipação.³

3. Baixa ingestão de água

O intestino preso também pode ser resultado da falta de hidratação. Afinal, a água é indispensável para o bom funcionamento do organismo, e o intestino não fica de fora.²

A falta de água pode deixar as fezes duras e o trânsito intestinal lento, o que torna o ato de evacuar mais difícil e doloroso.²

4. Sedentarismo

Se você não se movimenta, seu intestino também pode ficar lento. Ou seja, a prisão de ventre pode acontecer.²

O sedentarismo pode fazer com que seu organismo, especialmente o sistema digestivo, trabalhe menos, tornando o fluxo intestinal mais devagar. Por essa razão, muitas pessoas com mobilidade reduzida costumam apresentar esse sintoma.²

Afinal, quanto mais tempo as fezes passam no intestino, mais ressecadas e duras elas ficam. 

Por isso, se você vai pouco ao banheiro, comece a incluir atividades físicas ou esportes no seu dia a dia.²

Além de acelerar o funcionamento do intestino, a atividade física fortalece a musculatura intestinal, o que é muito interessante para os movimentos peristálticos

5. Segurar as fezes

Um comportamento muito prejudicial para o intestino é o hábito de segurar as fezes. Sabe quando surge a vontade de fazer cocô, mas você não tem aonde ir? Isso pode acontecer com qualquer pessoa, só não pode se transformar em um comportamento recorrente.²

Ignorar a vontade de fazer cocô diariamente faz com que as fezes passem mais tempo no intestino, tornando-as ressecadas. Dessa forma, quando você finalmente atender o pedido, irá sentir dor e precisará fazer esforço para expelir as fezes.²

Por isso, sempre que puder, respeite o funcionamento natural do intestino.

6. Alterações hormonais

Outra causa é a alteração hormonal, problema enfrentado em sua maioria por mulheres. Essa pode ser a explicação para a prisão de ventre na menopausa, período menstrual ou, até mesmo, na gravidez.4

Isso acontece principalmente quando há alteração na produção de progesterona, um hormônio que afeta diretamente a contração e relaxamento da musculatura intestinal.4

Quando a substância está em grande quantidade no organismo, o fluxo intestinal tende a se tornar mais lento.4

No caso dos quadros secundários, existem diversas condições de saúde que podem causar a constipação.² Por isso, é necessária uma avaliação médica especializada para entender o que está causando a dificuldade para fazer cocô.

Quais são os sintomas da prisão de ventre?

Os principais sintomas da prisão de ventre são a dificuldade para fazer cocô, a necessidade de fazer força para evacuar e a sensação de não ter eliminado todas as fezes. Quando esses sintomas persistem por semanas, indicam um quadro de constipação intestinal.³

Esses sintomas são fundamentais para o diagnóstico, e são definidos pelos Critérios de Roma, uma classificação seguida por todos os profissionais da saúde.³

Segundo ele, uma pessoa está constipada quando:³

  • Faz cocô menos de 3 vezes por semana;
  • Tem fezes duras e ressecadas;
  • Sente que não consegue eliminar todas as fezes;
  • Tem dificuldade de fazer cocô no mínimo 25% das vezes que vai ao banheiro.

Outros sintomas comuns em quadros de prisão de ventre são: as dores abdominais, o inchaço, o excesso de gases e afins.³

Se for necessário manobrar ou massagear a barriga para estimular a evacuação, também é um sinal de que o intestino está mais lento do que o ideal.³

Apesar de os sintomas serem claros, a prisão de ventre só é diagnosticada caso o paciente apresente um ou mais desses sintomas por um período mínimo de 6 meses

Ou seja, sentir dificuldade para fazer cocô por poucos dias não indica, necessariamente, um intestino preso.

O que fazer para melhorar prisão de ventre?

Para melhorar a constipação intestinal você deve, basicamente, melhorar a sua alimentação (cortar alimentos não saudáveis e aumentar o consumo de fibras e outros nutrientes), aumentar a ingestão de líquidos ao longo do dia e regular o funcionamento do intestino (atendendo a vontade de fazer cocô sempre que surgir).²

Esses são os passos básicos para melhorar o funcionamento do intestino e evitar fezes ressecadas e difíceis de expelir.

A seguir, veja mais detalhes sobre esses comportamentos simples, mas que podem fazer muita diferença no sistema digestivo.

1. Coma melhor

O velho clichê “você é o que você come” faz todo sentido quando se fala em saúde intestinal. Afinal, o comportamento desse órgão é totalmente direcionado pela sua alimentação.

Isso quer dizer que se você tem se alimentado mal, pode esperar que o desempenho do intestino também deixe a desejar (mais tempo sem ir ao banheiro).²

Por isso, se você quer se livrar da prisão de ventre, deve começar com as mudanças na alimentação, cortando tudo o que prejudica seu funcionamento e incluindo os alimentos mais interessantes para o intestino.²

Alimentos como frutas, verduras, legumes e cereais são nutritivos e importantes para o organismo. Em especial, a fibra alimentar é um dos mais indispensáveis.²

Leia mais: Frutas ricas em fibras: quais as melhores para consumir? Como suplementar?

2. Beba mais líquidos

Sem água, sem movimentos intestinais, sem fezes macias e sem idas ao banheiro: esse é o círculo vicioso do organismo que não está bem hidratado.

Por mais que seja uma necessidade básica, muitas pessoas ainda se esquecem de beber água ao longo do dia, e todo o corpo acaba sofrendo com essa negligência.

A água é indispensável para movimentar o bolo fecal pelo intestino, assim como para formar as fezes e deixá-las mais amolecidas (para evitar a dor).²

Por isso, se você está se perguntando o que fazer para melhorar a prisão de ventre, comece pelo básico: beba mais líquidos ao longo do dia, especialmente água.²

3. Respeite o funcionamento do intestino

Depois de fazer as mudanças, certamente você sentirá melhora no funcionamento intestinal. Quando isso acontecer, evite "prender" as fezes.²

Assim que surgir a vontade de fazer cocô, atenda a necessidade do organismo. Procure um banheiro próximo que você possa usar.²

Ficar segurando o cocô deixa as fezes ressecadas, causando dor para evacuar. Além disso, faz com que o organismo demore cada vez mais para formar as fezes.²

O que tomar para prisão de ventre?

Além da água, outro alimento que não pode faltar no seu dia a dia é a fibra. Você pode consumir alimentos ricos nesse tipo de carboidrato ou optar pela suplementação alimentar, um jeito prático de consumir a fibra e atingir o consumo mínimo diário.¹

O indicado para adultos é o consumo mínimo de 25 gramas ao dia, no entanto, pode ser difícil atingir essa quantidade apenas com a alimentação. Nessas horas, um suplemento alimentar pode ajudar o seu organismo a funcionar melhor. Conserve com seu médico sobre isso.¹

Não caia no erro de consumir soluções laxativas diariamente para fazer cocô, pois, quando administrado com frequência e sem orientação, o laxante pode trazer danos para a saúde intestinal.¹

Existe fitoterápico para prisão de ventre?

O medicamento fitoterápico é um remédio feito a partir de partes de plantas e vegetais. Eles passam por um processo de industrialização que torna o tratamento seguro, e pode ser usado para melhorar diversas condições de saúde, como a constipação intestinal.5

Um dos fitoterápicos mais conhecidos são os laxantes, que estimulam a evacuação, sendo uma alternativa de tratamento para quadros de prisão de ventre.

Apesar de ajudar a evacuar, é importante lembrar que o laxante não deve ser a primeira opção de tratamento. Na verdade, ele é indicado por um profissional quando não há melhora dos sintomas mesmo com mudanças de hábito.6

O uso sem orientação médica e indiscriminada pode piorar o quadro ou até causar outros problemas intestinais, como a diarreia.6

Se seu intestino se acostuma a funcionar apenas após a medicação, pode ser que a sua evacuação fique condicionada ao uso do remédio. Ou seja, você só irá fazer cocô quando usar um laxante fitoterápico, e essa não é a melhor saída.6

Portanto, se você já fez todas as mudanças recomendadas e ainda não percebeu nenhuma melhora no fluxo intestinal, converse com seu médico para pensar em novas alternativas de tratamento.

Conheça a linha Tamarine Fitoterápico!

Agora você sabe tudo sobre constipação intestinal e sabe o que pode causar esse sintoma desagradável.

Para prevenir que você sofra muito com essas mudanças, um ponto muito importante é cuidar bem do intestino e garantir que ele esteja saudável.

Para isso conheça a linha de produtos Tamarine® cápsula dura e Tamarine® geleia, zero adição de açúcar, são indicados para o tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos.

São diversas opções para você encontrar aquele que irá se adequar melhor a sua rotina e necessidades. Quer saber mais? Então, confira mais informações em nosso site.

Tamarine. Senna alexandrina Mill., Cassia fistula L. Indicações: tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. MS 1.7817.0023. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Agosto/2023.

Referências
  1. 1. Schmidt FMQ, et al. Prevalence of self-reported constipation in adults from the general population. Revista da Escola de Enfermagem da USP [Internet]. 2015 Jun;49(3):440–9. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n3/pt_0080-6234-reeusp-49-03-0443.pdf. Acesso em março/2023.


  2. 2. Constipação [Internet]. SBCP. 2013. Disponível em https://sbcp.org.br/arquivo/constipacao/. Acesso em março/2023.


  3. 3. Longstreth GF, Thompson WG, Chey WD, Houghton LA, Mearin F, Spiller RC. Functional Bowel Disorders. Gastroenterology. 2006 Apr;130(5):1480–91. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16678561/. Acesso em março/2023.


  4. 4. Saffioti R, et al. Constipação intestinal e gravidez. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n3/a2502.pdf. Acesso em março/2023.


  5. 5. Falzon CC, Balabanova A. Phytotherapy. Primary Care: Clinics in Office Practice [Internet]. 2017 Jun;44(2):217–27. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28501226/. Acesso em março/2023.


  6. 6. Baker, M.D EH, Sandle, M.D GI. Complications of Laxative Abuse. Annual Review of Medicine. 1996 Feb;47(1):127–34. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.med.47.1.127. Acesso em março/2023.