Menopausa e intestino: o que acontece com o intestino após a última menstruação?

Menopausa e intestino

Os problemas intestinais são muito comuns na vida das mulheres, e muito disso se deve às alterações hormonais.¹ Por isso, já dá para imaginar como é a relação menopausa e intestino, não é?

Menopausa é o nome do último ciclo menstrual de uma mulher, ou seja, o fim da sua fase reprodutiva. Ela costuma acontecer entre os 45 a 55 anos de idade.²

Nesse momento, além dos sintomas mais característicos, como as fortes ondas de calor e secura vaginal, o intestino não passa ileso e também sofre mudanças

Quer entender mais sobre menopausa e intestino? Então, continue a leitura e descubra o que pode acontecer depois da sua última menstruação.

Por que a menopausa mexe com o intestino?

Nada melhor para entender a relação entre a menopausa e o intestino do que compreendendo o que acontece no organismo da mulher, e como isso afeta o funcionamento intestinal, não é?

O ponto central dessa história são os hormônios, mais especificamente a diminuição da produção hormonal.1,2

A progesterona e o estrogênio são hormônios importantes para a saúde reprodutiva da mulher, além de ter diversas outras funções no organismo, inclusive no sistema digestivo.³

Acontece que durante a menopausa, no período conhecido como perimenopausa (transição para a menopausa) e no pós-menopausa, ambas as substâncias passam a ser produzidas em menor quantidade.3,4

Essa queda influencia diretamente o funcionamento do intestino.3,4, e você irá entender o motivo a seguir.

Qual a ação da progesterona no intestino?

A progesterona é um hormônio produzido pelos ovários que tem, entre suas principais funções, regular o ciclo menstrual e preparar o organismo para uma possível gravidez

Como a menopausa é o fim da vida reprodutiva da mulher, não faz sentido para o organismo manter a produção desse hormônio como antes.

Essa queda acaba resultando em algumas alterações no organismo feminino, afetando até mesmo o intestino.¹

Isso porque no intestino existem receptores para hormônios sexuais femininos, como a progesterona e o estrogênio.1,3

Dessa forma, essas substâncias interferem indiretamente no funcionamento intestinal.1,3

No caso da progesterona, ela ajuda a estimular a movimentação intestinal. Por isso, quando está em baixa no organismo, o trânsito intestinal pode se tornar mais lento

Qual a ação do estrogênio no intestino?

Já o estrogênio é o responsável pelo desenvolvimento das características físicas femininas, além de controlar a ovulação

Ele também ajuda a controlar os níveis de cortisol no organismo. Por isso, quando está em baixa, o cortisol tende a aumentar, e é isso que causa efeito no funcionamento intestinal.³

Afinal, o cortisol afeta o processo digestivo, tornando-o mais lento. Com isso, a comida leva mais tempo para ser digerida e absorvida, e as fezes ficam mais tempo no intestino.³

O resultado dessas mudanças costuma ser a constipação intestinal, isso sem contar no excesso de gases na menopausa.3,4

Somada a tudo isso, outra mudança que acontece é o enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, o que influencia a evacuação, principalmente quando o cocô está ressecado devido à queda desses hormônios.4

Menopausa e intestino solto: é possível?

Ficou claro a relação entre menopausa e intestino preso, não é?

Mas, você sabia que algumas mulheres, ao invés de constipação, podem apresentar um trânsito intestinal muito rápido, configurando o que chamamos de intestino solto?5

Isso acontece por que algumas mulheres acabam desenvolvendo a Síndrome do Intestino Irritável (SII) pós-menopausa.5

A Síndrome do Intestino Irritável é um distúrbio do trato digestivo que promove desordem gastrointestinal, como o intestino solto.5

Entre seus sintomas, uma mulher com SII nessa fase pode ter diarreia na menopausa e/ou no período pós-menopausa.5

É importante destacar que a menopausa não causa a SII, mas ela pode ser desenvolvida durante a menopausa.5

Inclusive, se uma pessoa já tem SII ou a desenvolve durante a menopausa, ela pode ter seus sintomas agravados.5

Por isso, se você tem apresentado quadros de diarreia frequentemente após a menopausa, não deixe de procurar pelo atendimento médico para investigar o que está acontecendo.

Como prevenir o desequilíbrio intestinal na menopausa?

Como vimos, as mudanças intestinais, principalmente as relacionadas às alterações hormonais, podem acontecer em diversos momentos da vida de uma mulher.

E isso não vale só para o período da perimenopausa, menopausa e pós-menopausa, viu? Durante a gestação, no pós-parto, período pré-menstrual e tantos outros acontecimentos podem mexer com o intestino.6

Por isso, manter o intestino funcionando bem pode te ajudar a passar por essas fases com menos desconforto.

Quer saber o que fazer para cuidar do intestino e prevenir o desequilíbrio intestinal? Confira algumas dicas!

1. Aumente o consumo de fibras

As fibras são fundamentais para regular o intestino, pois contribuem na formação das fezes e no trânsito intestinal.7

Ela auxilia, inclusive, a amenizar os sintomas desagradáveis da constipação intestinal e da SII, dois dos principais problemas que podem afetar as mulheres após a menopausa.7

Por isso, uma dica para cuidar do sistema digestivo antes, durante e após a menopausa é incluir mais deste carboidrato em sua rotina alimentar.7

Algumas opções de alimentos ricos em fibras são:7

  • Frutas (com casca, se possível), como ameixa, goiaba, mamão, abacate, etc;
  • Alimentos integrais;
  • Legumes e verduras.

2. Faça atividade física

Como vimos, após a menopausa os músculos do assoalho pélvico, importantes para a evacuação, tendem a enfraquecer.4

Por isso, praticar exercícios e atividades físicas, principalmente as que estimulam o intestino, podem ajudar a manter a região mais fortalecida.4

Além disso, movimentar-se é uma forma de estimular os movimentos intestinais, o que pode reduzir os sintomas da constipação e aliviar a SII.4

3. Use probióticos, se indicado

Os probióticos são microrganismos vivos que ajudam a repor bactérias boas para o intestino, contribuindo para o reequilíbrio da flora intestinal.8

Eles contribuem para a absorção de nutrientes, para o controle de doenças intestinais, para o reforço imunológico e ainda ajudam a melhorar a diarreia, constipação e diversas outras condições.8

Por isso, se você está sofrendo com os efeitos da menopausa no sistema digestivo, converse com seu médico sobre o suplemento de probióticos. Ele poderá indicar a cepa ideal para o seu caso e te orientar sobre o uso.

Conheça a família Tamarine!

Agora você sabe tudo sobre menopausa e intestino, e conhece as alterações mais normais.

Para prevenir que você sofra muito com essas mudanças, um ponto muito importante é cuidar bem do intestino e garantir que ele esteja saudável. Afinal, assim, você terá dias mais tranquilos e com menos incômodos intestinais.

Para isso conheça a linha de produtos Tamarine, que contém medicamentos que ajudam a diminuir os sintomas desagradáveis dos distúrbios gastrointestinais:

São muitas opções para você encontrar aquele que irá se adequar melhor a sua rotina e necessidades. Quer saber mais? Então, confira mais informações em nosso site.

Tamarine. Senna alexandrina Mill., Cassia fistula L. Indicações: tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. MS 1.7817.0023. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Dezembro/2022.

Referências
  1. Xiao Z-L, Pricolo V, Biancani P, Behar J. Role of progesterone signaling in the regulation of G-protein levels in female chronic constipation. Gastroenterology [Internet]. 2005 Mar 1;128(3):667–75. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15765402/. Acesso em outubro/2022.


  2. National Institute on Aging. What Is Menopause? [Internet]. National Institute on Aging. 2017. Disponível em https://www.nia.nih.gov/health/what-menopause. Acesso em outubro/2022.


  3. Chen C, Gong X, Yang X, Shang X, Du Q, Liao Q, et al. The roles of estrogen and estrogen receptors in gastrointestinal disease (Review). Oncology Letters. 2019 Oct 11;18(6):5673–80. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/labs/pmc/articles/PMC6865762/. Acesso em outubro/2022.


  4. Triadafilopoulos G, Finlayson MA, Grellet C. Bowel Dysfunction in Postmenopausal Women. Women & Health. 1998 Sep 17;27(4):55–66. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9796084/. Acesso em outubro/2022.


  5. Yang P-L, Heitkemper MM, Kamp KJ. Irritable bowel syndrome in midlife women: a narrative review. Women’s Midlife Health. 2021 May 31;7(1). Disponível em https://womensmidlifehealthjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s40695-021-00064-5. Acesso em outubro/2022.


  6. Thiyagarajan DK, Basit H, Jeanmonod R. Physiology, Menstrual Cycle [Internet]. Nih.gov. StatPearls Publishing; 2019. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK500020/. Acesso em outubro/2022.


  7. Jones JM. CODEX-aligned dietary fiber definitions help to bridge the “fiber gap.” Nutrition Journal. 2014 Apr 12;13(1). Disponível em: https://nutritionj.biomedcentral.com/articles/10.1186/1475-2891-13-34. Acesso em outubro/2022.


  8. Hill C, et al. Expert consensus document. The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature reviews Gastroenterology & hepatology. 2014;11(8):506–14. Disponível em https://www.nature.com/articles/nrgastro.2014.66. Acesso em outubro/2022.