Constipação intestinal: sintomas, causas, tratamentos e como evitar!

Constipação intestinal

Todo mundo já ouviu falar em constipação intestinal. Quando pensamos em alterações no intestino, esse é um dos primeiros distúrbios que lembramos. Mas, afinal, o que é a constipação e quais os seus sintomas?

Provavelmente você já passou alguns dias sem ir ao banheiro, ou precisou fazer muito esforço para evacuar. Esses são alguns dos sintomas desse quadro. No entanto, ficar um ou dois dias sem fazer cocô não é suficiente para diagnosticar uma constipação

Apesar desses serem alguns dos sintomas, a frequência com que eles aparecem também é importante.¹ E entender por que essa condição aparece é fundamental.

Então, se você quer saber mais sobre o sistema digestivo e quais as causas da constipação intestinal, continue lendo esse guia.

O que é constipação intestinal?

A constipação intestinal, também chamada de prisão de ventre, é um sintoma que pode aparecer devido a problemas de saúde ou a hábitos de vida.²

De forma resumida, é a dificuldade de fazer cocô. Também é considerado um quadro de constipação quando a pessoa precisa fazer muita força para evacuar ou quando sente que não eliminou todas as fezes.²

A prisão de ventre pode ser classificada entre primária e secundária, a depender da sua causa. A seguir, entenda essa diferença.²

Constipação intestinal primária

A prisão de ventre primária é a constipação causada por hábitos alimentares e comportamentais que interferem no funcionamento do intestino.²

Estão entre esses hábitos uma alimentação pobre em nutrientes, falta de fibra, baixa hidratação, sedentarismo, entre outros.²

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, a maioria dos casos de prisão de ventre são considerados primários. Em uma porcentagem de aproximadamente 85%.²

Constipação intestinal secundária

Os quadros secundários, por mais que possam ser piorados com os comportamentos que citamos acima, não surgem devido a eles.

Na verdade, uma prisão de ventre de origem secundária é causada por uma condição de saúde.²

Em outras palavras, o tipo secundário é como um sintoma colateral de uma doença.

Por essa razão, este tipo merece maior atenção. Afinal, para melhorar, é preciso diagnosticar e tratar a doença.²

Nesses quadros, além dos sintomas comuns da constipação (dificuldade para evacuar, dor abdominal, gases), a pessoa pode apresentar sintomas mais graves como sangramento, cólicas agressivas, entre outros.²

Quais são os sintomas da constipação intestinal?

Os sintomas da constipação, que ajudam em seu diagnóstico, são definidos pelos Critérios de Roma

Esses critérios são a base para identificar quadros de prisão de ventre.¹

Segundo eles, uma pessoa está constipada quando:¹

  • Faz cocô menos de 3 vezes por semana;
  • Tem fezes duras e ressecadas;
  • Sente que não consegue eliminar todas as fezes, se sente obstruído;
  • Tem dificuldade de fazer cocô no mínimo 25% das vezes que vai ao banheiro.

Além disso, a pessoa constipada pode sentir dores abdominais, se sentir inchada, com gases em excesso, entre outros sintomas.¹

Se você precisar massagear a barriga ou fazer manobras para conseguir expelir as fezes, esse também é um sinal de prisão de ventre.¹

Segundo os Critérios de Roma, a pessoa deve apresentar esses sintomas por um período mínimo de 6 meses para ser considerado um quadro de constipação intestinal.¹

Quais as causas da constipação intestinal?

Como vimos, a prisão de ventre pode acontecer tanto por causas primárias quanto secundárias.²

Entre as motivações da constipação primária, podemos citar:²

  • Alimentação com baixo consumo de fibras;
  • Baixa ingestão de água;
  • Sedentarismo;
  • Segurar as fezes causando o ressecamento.

No caso dos quadros secundários, existem diversas condições de saúde que podem causar a prisão de ventre.²

Para esses casos, é necessária uma avaliação mais profunda para entender o que está causando a dificuldade para fazer cocô.²

O que fazer para acabar com a constipação intestinal?

Para acabar com a constipação secundária, você deve investigar a causa principal e tratá-la.

Já para a maioria dos casos, que são resultantes de hábitos, pequenas mudanças de comportamento já são suficientes para que você comece a ir mais ao banheiro.

A seguir, veja algumas dicas de como melhorar essa condição.

1. Tenha uma alimentação saudável

Comer bem, optando por alimentos nutritivos, é o primeiro passo para melhorar o fluxo intestinal.

Alimentos processados, com alto teor de gordura e açúcar, podem causar alteração no funcionamento do intestino.²

Ao invés disso, prefira os alimentos conhecidos por melhorarem o funcionamento intestinal, como as fibras e alimentos com propriedades laxativas.

Coma mais frutas, legumes, verduras e cereais em suas refeições², e você verá uma grande diferença na hora de fazer cocô.

2. Inclua fibras na alimentação

As fibras são carboidratos que o organismo não consegue absorver, fundamentais para aliviar os sintomas da constipação.³

Esse é um dos comportamentos mais importantes não apenas para ir ao banheiro, mas para melhorar toda a sua saúde digestiva.³

Quando você consome mais fibras, elas ajudam a:³

  • Formar o bolo fecal;
  • Estimular os movimentos peristálticos (contrações intestinais);
  • Regular o trânsito intestinal.

As fibras solúveis, por exemplo, conseguem absorver uma grande quantidade de água, ajudam a hidratar as fezes, deixando-as mais amolecidas.³

Isso é importante para evitar o cocô duro e ressecado, comum em quadros de constipação intestinal.¹

Alguns tipos de fibras também são importantes para a flora intestinal, pois, servem de alimento para as bactérias boas do intestino.³

Para conseguir esses benefícios, o indicado para adultos é consumir pelo menos 25 gramas de fibra por dia.³

Você pode aumentar o consumo de alimentos ricos em fibra ou investir em suplementos, uma forma rápida e prática de comer mais deste carboidrato.

3. Aumente a ingestão de água

A água é essencial para um bom trânsito intestinal e para formar fezes mais macias.²

Se você está passando muitos dias sem ir ao banheiro, perceba se está bebendo a quantidade de água que o seu organismo precisa.

Quando você não se hidrata o suficiente, fazer cocô pode ser difícil, já que o fluxo intestinal fica prejudicado.²

4. Respeite o funcionamento do intestino

Um comportamento muito prejudicial para a saúde intestinal é segurar as fezes

Sabe quando você sente vontade de fazer cocô, mas, porque está fora de casa, acaba ignorando a vontade?

Vez ou outra isso pode acontecer. Mas quando isso se torna um hábito, a constipação intestinal pode aparecer.2,4

Isso porque quanto mais tempo o cocô fica no intestino, mais ressecado fica. Afinal, o intestino grosso, responsável por absorver água, fica trabalhando por mais tempo.4

O resultado é um cocô duro, que exige muito esforço para ser expelido, causando até mesmo dor.4

5. Pratique atividade física

Outro passo importante para ir mais ao banheiro é estar sempre em movimento, praticando atividades físicas ou esportes.²

A falta de movimento também afeta o intestino, fazendo com que ele trabalhe menos.²

O resultado é um trânsito intestinal lento, contribuindo para quadros de constipação.²

Por isso, o sedentarismo é uma das primeiras coisas que você deve tirar da sua vida se está sofrendo com a prisão de ventre.²

A atividade física ajuda até mesmo a fortalecer a musculatura intestinal, além de estimular os movimentos peristálticos.

Pessoas com mobilidade reduzida ou que estão passando por períodos de repouso podem sentir diferença no funcionamento do intestino. Nesse caso, vale a pena reforçar as dicas anteriores, como comer mais fibras e beber mais água. 

6. Suplemento probióticos

Os probióticos são microrganismos vivos que ajudam a equilibrar a flora intestinal. Em outras palavras, eles ajudam a "repor" as bactérias boas que podem ser perdidas por diversas razões.5

Entre os benefícios dos probióticos, podem citar:5

  • Melhora da digestão;
  • Melhora de distúrbios gastrointestinais;
  • Melhora dos sintomas de constipação;
  • Reforço da imunidade.

Por isso, se você está tendo quadros de constipação constantemente ou se os sintomas estão durando muitos meses, converse com seu médico sobre a suplementação de probióticos.

Estou com constipação intestinal, qual médico procurar?

Se os sintomas da constipação são frequentes e as mudanças alimentares, sozinhas, não resolvem o problema, buscar orientação médica pode ser muito importante.

Existem duas especialidades que cuidam do aparelho digestivo: a proctologia e a gastroenterologia.

Mas, afinal, qual a diferença entre eles e quando procurar cada um?

O proctologista é o médico que cuida principalmente da parte final do sistema digestivo, tratando questões que acometem o intestino grosso, reto e ânus.

Além da abordagem clínica, é normal que o proctologista realize procedimentos cirúrgicos.

O gastroenterologista tem uma abordagem mais clínica, e trata o tubo digestivo como um todo (além de órgãos relacionados, como o fígado e o pâncreas).

Você pode procurar por qualquer um dos dois profissionais para ter mais orientação sobre seu quadro de constipação intestinal.

Para começar o diagnóstico, o gastroenterologista é uma boa opção.

Constipação intestinal infantil

A prisão de ventre também é muito comum entre as crianças, motivando 25% dos atendimentos com especialistas no sistema digestivo.6

Nas consultas pediátricas gerais, a constipação é queixa em 3% das vezes.6

Apesar da grande frequência do sintoma entre os pequenos, a maioria dos casos é simples de resolver, uma vez que estão ligados a questões alimentares e comportamentais.²

Durante a infância, mais especificamente durante a introdução alimentar, são raros os pais que apresentam aos filhos alimentos ricos em fibras.7

O habitual é que, ao começar a comer alimentos sólidos, a criança siga o padrão da família. E quase sempre isso significa uma alimentação não saudável.7

Por isso, incluir alimentos ricos em fibras nas refeições, ainda na introdução alimentar, é fundamental.7

Além disso, o consumo de água costuma ser baixo entre as crianças.7

A junção desses comportamentos podem levar a quadros de constipação infantil, ou seja, crianças com fluxo intestinal lento e dificuldade de fazer cocô.7

O hábito de segurar cocô também é comum entre os pequenos, que muitas vezes não querem parar as brincadeiras ou fazer cocô fora de casa.7

Como vimos, não atender a necessidade do intestino pode deixar as fezes duras, causando dor ao evacuar. 2,7

E assim começa um círculo vicioso em que a criança não faz cocô, as fezes endurecem, ela sente dor ao evacuar e passa a segurar o cocô para não sentir dor novamente.

Constipação intestinal na gravidez

A constipação intestinal em mulheres também é muito comum, especialmente durante uma gestação.³

Cerca de 80% das gestantes sofrem com constipação, 44% durante o segundo semestre e 36% no terceiro.³

Isso acontece devido às mudanças que o organismo da mulher passa. Quando o bebê começa a se desenvolver, os órgãos são pressionados e realocados para acomodá-lo, o que pode prejudicar o funcionamento do intestino.³

Além do crescimento do útero, que acaba pressionando o intestino, outras questões que podem causar a prisão de ventre são:³

  • Falta de movimento/atividade física: nos últimos meses, pode ser difícil para a gestante se manter ativa. Algumas grávidas são orientadas ao repouso ainda nos primeiros meses, ficando ainda mais tempo sem se movimentar.
  • Uso de remédios e suplementos: é comum que as gestantes  suplementem minerais e vitaminas importantes para uma gravidez tranquila e bom desenvolvimento do bebê. No entanto, alguns deles, como o ferro, podem potencializar a prisão de ventre.
  • Alterações hormonais: as mudanças nos níveis de hormônios durante a gestação também podem causar a prisão de ventre.

A constipação também é um sintoma comum no pós-parto. E isso independente de como foi a gestação.³

Ou seja, até mesmo uma gestante saudável, que não sofreu com a prisão de ventre durante a gravidez, pode ter os sintomas durante o puerpério.³

Em alguns casos, a prisão de ventre é uma reação do organismo que ainda está se recuperando do esforço feito durante o parto, e das mudanças que sofreu.³

Outras causas que também explicam a constipação no pós-parto são:³

  • Uso de vitaminas pós-parto;
  • Falta de movimentos físicos;
  • Receio de ir ao banheiro (devido aos pontos, etc);
  • Estresse excessivo.

A boa notícia é que, após esse período, as coisas tendem a voltar ao normal, e a prisão de ventre é eliminada.³

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Agora que você sabe o que é e por que a constipação intestinal acontece, já sabe a importância de cuidar do seu sistema digestivo. 

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Tamarine. Senna alexandrina Mill., Cassia fistula L. Indicações: tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. MS 1.7817.0023. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Janeiro/2023.

Referências
  1. Longstreth GF, Thompson WG, Chey WD, Houghton LA, Mearin F, Spiller RC. Functional Bowel Disorders. Gastroenterology. 2006 Apr;130(5):1480–91. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16678561/. Acesso em agosto/2022.


  2. Constipação [Internet]. SBCP. 2013. Disponível em https://sbcp.org.br/arquivo/constipacao/. Acesso em agosto/2022.


  3. Saffioti RF, et al. Constipação intestinal e gravidez. FEMINA. 2011; 39(3): 163-168. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n3/a2502.pdf. Acesso em agosto/2022.


  4. Andrews CN, Storr M. The pathophysiology of chronic constipation. Canadian journal of gastroenterology = Journal canadien de gastroenterologie [Internet]. 2011;25 Suppl B(Suppl B):16B21B. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3206564/. Acesso em agosto/2022.


  5. Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas [Internet]. 2006;42(1):1–16. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-93322006000100002. Acesso em: agosto/2022.


  6. Baker SS, Liptak GS, Colletti RB, Croffie JM, Di Lorenzo C, Ector W, et al. Constipation in Infants and Children: Evaluation and Treatment. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition. 1999 Nov;29(5):612–26. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10554136/. Acesso em agosto/2022.


  7. Motta MEFA, da Silva GAP. Constipação intestinal crônica funcional na infância: diagnóstico e prevalência em uma comunidade de baixa renda. Jornal de Pediatria. 1998; 74(6): 451-54. Disponível em http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-06-451/port.pdf. Acesso em agosto/2022.