Exame de intolerância à lactose: quando é preciso fazer?

Existem variados tipos de exame de intolerância à lactose para diagnosticar se a pessoa realmente está com esse distúrbio digestivo. A boa notícia é que os tratamentos são simples, logo, com algumas mudanças alimentares e no estilo de vida, pode ser controlado.¹

A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite) devido a deficiência ou ausência de uma enzima chamada lactase. ¹

Em uma pesquisa sobre o perfil genético de indivíduos brasileiros, demonstrou-se que 51% dos analisados apresentaram predisposição para desenvolver essa intolerância. A análise se baseou em um banco de dados com 200 mil pessoas. ²

O diagnóstico desta intolerância alimentar acontece por meio de exame clínico, teste respiratório, teste de tolerância à lactose e teste genético. Por se tratar de uma carência de uma enzima do organismo e não uma doença, os sintomas podem ser controlados com dieta e medicamentos. ¹, ²

Vamos entender mais sobre esse distúrbio? Leia até o final e confira o que é e seus principais sintomas, como diagnosticar intolerância à lactose e quais os tratamentos geralmente recomendados.

O que é intolerância à lactose?

A intolerância à lactose é um distúrbio digestivo gerado pela falta da enzima lactase no organismo, responsável por transformar a lactose em glicose e galactose, dois açúcares que são absorvidos pelo intestino, entrando na corrente sanguínea e sendo distribuídos para todo o corpo ².

Sendo assim, pessoas intolerantes a esse açúcar têm baixa concentração de lactase, o que dificulta a digestão e absorção da substância, provocando sintomas e desconfortos gastrointestinais, como diarreia, cólicas abdominais e gases em excesso ².

Tipos de intolerância à lactose

Existem três tipos de intolerância à lactose que variam no grau da deficiência da enzima lactase no corpo ²,³. Confira a seguir.

• Deficiência primária: gerada por distúrbio permanente pela deficiência de lactase no intestino é a forma mais comum em adultos, afetando ¾ da população mundial. Geralmente a atividade enzimática passa por mutação e segue durante toda a vida adulta.
• Deficiência secundária: condição temporária causada por lesões na mucosa intestinal, como gastroenterites e diarreia crônica, que resultam na má digestão ou absorção da lactose. Esse tipo é reversível com tratamento para recuperar o revestimento do intestino.
• Deficiência congênita: acontece por uma herança genética e afeta os recém-nascidos nos primeiros dias de vida depois de consumir lactose. É uma doença rara.
  
  

Intolerância à lactose x alergia à lactose: qual a diferença?

Enquanto a intolerância à lactose promove a má digestão e absorção desse açúcar a alergia à lactose não impede sua digestão e absorção, mas gera respostas do sistema imunológico em forma de reações alérgicas ²,³.

Isso porque, na intolerância, o processo do metabolismo está alterado pela deficiência da enzima; já na alergia, o organismo produz normalmente a lactase, porém, reage às proteínas presentes no leite de vaca e seus derivados, ativando o sistema imune ³.

Como diagnosticar a intolerância à lactose?

O diagnóstico acontece por meio da análise dos sintomas que surgem no paciente após a ingestão de laticínios, seu histórico de saúde e a confirmação do exame de intolerância à lactose, que pode ser feito de formas variadas conforme a gravidade das manifestações ⁴.

Além disso, é pedida a suspensão de alimentos contendo lactose por três a quatro semanas para analisar se os sintomas desaparecem e se voltam após o retorno ao consumo de laticínios ⁴, ⁵, ⁶.

Quando fazer exame de intolerância à lactose?

O melhor momento de fazer o exame de intolerância à lactose é quando detectar seus principais sintomas, que variam de acordo com a pessoa ³.

De todo modo, as manifestações mais comuns são ³,⁴:

• dores no abdômen;
• diarreia;
• enjoo;
• inchaço abdominal;
• gases em excesso;
• necessidade de evacuar 30 minutos a 2 horas depois de consumir laticínios.
  
  

Leia também: O que pode ser diarreia constante? É normal? Como melhorar?

Como funciona o exame de intolerância à lactose?

Como dissemos, o exame de intolerância à lactose pode ser realizado de formas diferentes. Conheça algumas delas abaixo.

Teste respiratório do hidrogênio expirado

A lactose consumida é transformada em glicose e galactose pela lactase. Sendo assim, quando há baixa produção ou ausência dessa enzima, a lactose fica guardada no intestino até a ação das bactérias da flora intestinal atuarem sobre ela ³, ⁶.

A consequência é a absorção intestinal desse carboidrato, que gera hidrogênio e a posterior eliminação parcial de gases pelo pulmão ³, ⁶.

Assim, o teste respiratório consegue detectar as causas do distúrbio gastrointestinal e a alteração das enzimas ³. Se a alteração for grande de hidrogênio após o consumo de lactose, o paciente tem intolerância ⁴, ⁶.

Teste da curva glicêmica

Existe também o teste da curva glicêmica que dosa a glicemia (nível de glicose no sangue) antes e depois da ingestão de laticínio ³.

Se houver aumento de glicose no sangue, é possível que haja intolerância à lactose ³.

O exame é menos demorado que o teste respiratório: a glicose é medida antes, com a pessoa em jejum. Depois, ela consome lactose e o laboratório recolhe amostras 30, 60 e 90 minutos depois para verificar se houve maior concentração de glicose na corrente sanguínea ³.

Qual o valor normal de intolerância à lactose?

Após a ingestão da lactose, se a glicemia do paciente aumentar em um valor menor que 20mg/ %, pode ser um indicativo de intolerância. E em pessoas que não são intolerantes, a glicemia apresenta um número maior que 34 mg/% ³,⁵,⁷.

Durante o exame, é comum que o paciente manifeste algum tipo de sintoma, já que precisa ingerir lactose pura para avaliar suas condições médicas ⁵.

O que é recomendado para o sistema digestivo?

O recomendado para o sistema digestivo varia conforme o grau de intolerância, podendo incluir redução da ingestão de laticínios e consumo de lactase, que auxilia a digestão da lactose ⁴, ⁶.

Alguns suplementos têm probióticos que podem contribuir para a saúde gastrointestinal. Conheça a linha Tamarine:

• Tamarine Germina: probiótico que contribui para o equilíbrio da flora intestinal e pode ser utilizado em crianças acima de 7 meses e adultos; ⁸
• Tamarine Dual Fit: mix de fibras prebióticas que auxiliam o funcionamento do intestino, e extrato de chá branco ou hibisco que podem contribuir para reduzir a retenção de líquido; ⁹
• Tamarine Probium: probióticos que podem contribuir com a saúde gastrointestinal.¹⁰
  
  

Tamarine Germina (2bi). Alimento registrado no MS sob nº 666730783. Agosto/2024.

Tamarine Germina (4bi). Alimento registrado no MS sob nº 666730784. Agosto/2024.

Tamarine Probium. Alimento registrado no MS sob nº 666730785. Agosto/2024.

Tamarine Dual Fit. Alimento isento de registro conforme RDC 27/2010. Agosto/2024.